O CUMULO DO ABSURDO Poemas sobre as Caveiras Poema sobre as caveiras Coluna de caveiras As caveiras descarnadas São a minha companhia, Trago-as de noite e de dia Na memória retratadas Muitas foram respeitadas No mundo por seus talentos, E outros vãos ornamentos, Que serviram à vaidade, E talvez...na eternidade Sejam causa de seus tormentos. Poema sobre a existência A imagem macabra dos esqueletos pretende lembrar a transitoridade da vidaAonde vais, caminhante, acelerado? Pára...não prossigas mais avante; Negócio, não tens mais importante, Do que este, à tua vista apresentado. Recorda quantos desta vida tem passado, Reflecte em que terás fim semelhante, Que para meditar causa é bastante Terem todos mais nisto parado. Pondera, que influído d'essa sorte, Entre negociações do mundo tantas, Tão pouco consideras na morte; Porém, se os olhos aqui levantas, Pára...porque em negócio deste porte, Quanto mais tu parares, mais adiantas. Este soneto é atribuído ao Padre António da Ascensão Tele